A história a contar se dá início a partir de 1846 com o imigrante português Dário Telles de Menezes (aos 17 anos de idade) que após 3 anos de chegada ao Brasil, inicia a produção da cachaça Ypióca e este foi o passo inicial para que a cultura fosse passada de pai para filho.
Aos 69 anos (1985), Dário já passava os negócios para o seu filho mais velho que tinha o seu mesmo nome. Nesta época a fábrica tinha capacidade para 300 litros por dia os quais eram vendidos em barris nas redondezas de Maranguape tendo como transporte, jumentos.
Neste período a cachaça era vendida a granel, porém com o novo administrador, começou-se a ser vendida em garrafas de 600 ml.
Os negócios iam crescendo cada vez mais, porém fatalmente ocorre a morte de Dário prematuramente aos 31 anos e a Ypióca passa a ter como líder a sua esposa Eugênia Menescal Campos, a dona Eugênia, que passa a ser a única figura feminina a liderar a empresa dentro de toda a sua história.
Um dos fatos marcantes no período da sua liderança é o rótulos com traços vermelhos e pretos que são conservados até hoje.
Dona Eugênia tinha que se dividir entre a família e o árduo dever de manter o crescimento dos negócios.
Em 1924 para dar uma vida mais tranqüila à mãe, o seu filho Paulo Campos aos 18 anos, abandona o serviço de balconista de uma loja em Fortaleza e assume o posto de "cabeça" da Ypióca.
Paulo demonstrou tino natural para liderar os negócios e chegou a levar a empresa a produção recorde de 120 mil litros de cachaça em 1931.
A partir dos anos 50, Paulo passa a tomar decisões e ter posicionamentos importantes de marketing para a empresa como novos desenhos para os rótulos da cachaça e slogans famosos como o "No lar, no bar e em todo lugar, Ypióca".
De Paulo também surgiu a idéia e iniciativa de reposicionar a bebida como "o uísque brasileiro" e para tal começou a condicionar a cachaça em tonéis de bálsamo para promover o processo de envelhecimento.
Paulo era homem de iniciativa e visão e passava a ir anualmente várias vezes a São Paulo dirigindo o seu caminhão no intuito único de descobrir como funcionavam os outros engenhos. Ele queria a sua cachaça no Brasil inteiro e depois disso, no mundo.
Tal fato veio à realidade e em 1968 ele comanda a primeira exportação de uma marca de cachaça para a Alemanha e depois para os Estados Unidos e Japão.
Diversos foram os desenvolvimentos trazidos por Paulo Campos à Ypioca.
Ele casou-se com dona Maria Augusta Ferreira, com a qual teve 2 filhos e chegou até mesmo a ser prefeito de Maranguape e morreu aos 73 anos deixando a empresa aos cuidados de seu filho Everardo que representa a atual quarta geração da Ypióca.
Everardo herdou o dom dos antecessores e domina a administração e sucesso do grupo Ypióca trazendo cada vez mais inovação na diversificação dos produtos e empresas do grupo.
Foram inauguradas fábricas de embalagens de papel e papelão, a indústria de água mineral Naturágua, A Y-Plastic que atua na produção de garrafas PET e PVC na década de 90.
Já em 2006 fudou a BR Fish atuante no tangente a produção de ração e produção de tilápias que foi vendida em seguida.
A atuação de Everardo vai além da Ypióca, tendo sido presidente do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça (PBDAC), vice presidente da Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE) e hoje é conselheiro do Instituto Brasileiro da Cachaça.
Este é o desenrolar de uma história de sucesso que ainda terá muitas gerações seguintes de sucesso.
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